sábado, 30 de outubro de 2010

Adeus

Era uma mão acenando
Era mais alguém
Me deixando
Meu coração chorava

Eu nem reação tinha
Nem se quer uma lágrima havia
Não era dor 
Não era ódio
Não era nada
Era apenas vazio

Efêmero de tudo
Eu soluçava chorando
Me abraçando
Juntando meus pedaços
Agora não tinha você

Minha alma vagava
Procurando entender
Porque eu tive que te perder

Só me resta saudade 
E nada mais
Estou vazio de mim
E você me deixou

Eternamente vou procurar
A sua mão que acariciava 
E agora se despede lentamente
Pra nunca mais voltar
E nesse mar de lágrimas
Vou me afogar
E me deixar levar.


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Despertar-me

Quero ouvir seu coração
Bater cem vezes por milhão
Deitar-me
Sentir-me
Sentir-nos
Quero a sua pulsação
No ritmo da emoção
Não pense em nada agora
Deixe o sonho pra depois
Esse instante não volta mais
Faça dele a eternidade
Nem que seja por um segundo
Não quero ouro
Nem todo o dinheiro do mundo
Tudo o que quero agora
É acordar
E não ser nada
Além de um sonho
Que perfeitamente
Entorpece a realidade
E no tinlintar do relógio
O meu sonho se foi
Agora meu único sonho
E sonhá-lo novamente.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Traiçoeiro





Ali estou 

Com a face no chão
Sentindo a terra crua
Arranhar minha pele nua

Ali o caminhou terminou
Assim pelo menos achei
E depois vi que me enganei

Foi apenas um tropeço
Na lasca do concreto
Que me fez cair
E quase sucumbir 
Na dor de um simples não
Que levei de rejeição

Com a cara estatelada no chão
Percebi que não era tão simples assim
E a melhor parte de mim 
Se abria em hemorragia
Meu coração feria
O amor que eu sentia
Fazendo derramar sangue

Até quase se esgotar
Eu sem saber como estancar
Apenas via 
A ultima gota pingar

Era pergunta
Era resposta
Era dúvida
Era paixão
Agora já não é mais nada
Além da desconfiguração 
Aquele tropeço 
Destruiu meu coração


Não sei se existe chance
E muito menos remédio
Iludir-se dói
Mentir corrói 
A verdade
Constrói 
Mas também destrói


Não cansamos de nos rasgar
Pra depois remendar
Os restos de trapos manchados
Vão formando uma nova malha
Que ficará pronta pra costurar 
Um novo começo
Tecer um meio 
E ceder no fim
Rasgando novamente
Deixando o rasgo aberto
Pra depois 
Um simples ponto virar
Nesse tecido 
Que se chama amar.

domingo, 10 de outubro de 2010

Lágrimas Floridas

Quando vi o jardim sem flor
Sentei
E ali fiquei
Catando as minhas lágrimas
Pra não rolarem na terra
E depois
Parei e pensei
Minhas lágrimas farão florecer
O que eu choro por não ver
Então deixei-as rolar
Pra um novo jardim brotar
E o belo aroma
As minhas narinas voltar.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Apego

Como em seda mais pura
Me senti envolvido
Entregue nos seus braços
Parei de pensar
Nem sentir eu sentia
Nem ouvir eu ouvia
Tudo se perdeu em mim 
Eu só achava você
E nada mais
Era um sonho latente
Agora eu rezo intensamente 
Para que o amor vivente 
Torne meu coração inquilino
Sua morada permanente
E essa perfeição aparente
Se fixe eternamente
E não me largue jamais
Se é isso que se chama amor
Por favor
Estou ao seu dispor. 


sábado, 2 de outubro de 2010

Instante Permanente

Sabe aquele segundo
Que é o mais feliz 
De todo o mundo
Sabe aquele abraço
Que é mais sincero 
Que qualquer pedaço
Sabe aquele sonho real 
Aquele momento
Mais que especial
Sabe aquele instante 
Que deveria ser constante 
Sabe aquele passeio 
Que devia ser rotineiro
Sabe quando tudo muda
E que parece fazer sentido
Mesmo que por um segundo
Não se quer saber do mundo
Não quer saber de nada
E aquela confusão 
Que rodeava o coração 
Por momentos 
Deixou-se perder
Em puramente prazer
Quase que numa ilusão
Tudo o que desejei 
Era fechar os olhos
E pronto
Nada mais
Morrer nem diferença faria
Aliás,
Não precisamos saber de nada
Apenas sentir
Talvez bastasse 
Agora o que me resta
São os restos 
Que eu tentarei restaurar
E quando nada mais sobrar
Ai eu já não sei
Já cansei de pensar
Eu só quero é viver
Sem ter muito 
O que entender
É como se eu fosse morrer
Eu não entendo
Não compreendo
Não resisto 
Eu apenas
Vou 
E fim.