sábado, 19 de novembro de 2011

Só queria que você visse. Sentisse.

Essa poesia
Não é bem uma poesia,
Não tem todas as rimas que deveria.
E também não é um poema.
Tá mais pra um dilema.

Será que você desistiria de tudo
Pra me abraçar novamente?

Você sabe exatamente o que eu odeio.
Eu só não sei se você sabe
Que o que eu realmente amo
É você.
Vale o risco? Mostre-me.

Pense, repense.
Eu estarei aqui
Se você voltar a ser
O que eu sei que você é.

Eu sei que é um equívoco seu
Vestir essa capa meio suja
Que você insiste em exibir.
Mas por favor...
Eu não sei mais pra quem rogar

Volte. Volte a ser o que você foi.
Ou no que eu acredito que você seja.
Volte.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Coração Calejado



Pela ternura que era
Pelo amor que regenera
Pela faca que corta
O amor bate na porta.

Chora-se.
Pensa-se.
Sofre.
Abre.
Fecha.
Entra, e sai.
E depois? E depois ele se vai.

Perdi tantos sorrisos.
Mínguas na madrugada
Pessoa avassalada
Alma dilacerada.

E depois?
E depois o amor vem
Fazer-me seu refém.

Não sei se fico ou se corro
Não sei se tento de novo!
Nunca se sabe do amor
Nunca se sabe da dor,
Essa ferida inflamada
Que eu lhe digo: Esta curada!

Qual primavera não tem flor?
Qual outono não tem amor?
Qual inverno não tem frio?
Qual coração nunca partiu?

Qual primavera nunca florou?
Qual outono nunca secou?
Qual inverno nunca acabou?
Qual coração nunca curou?

Calos de amores
Calos de dores
Feridas horrendas
E depois?
Depois é cicatriz.
O que não te impede
De ser novamente feliz. 

sábado, 2 de julho de 2011

Último Relato


O amor é um perigo.
Talvez seja até um castigo. 
Quando nasce, resplandece. 
Quando morre, enrijece.

Coração que inteiro era,
Agora em poeira se enterra.
Lembranças, são pobres crianças... 
Cuidamos, cuidamos, cuidamos
E elas mesmo assim se vão, 
Voltando diferentes daquela recordação.

Oh, o que será desse meu pobre coração?
Meu sangue,
Não alimenta mais a vida. 
Ele corre sem rumo
Pelas minhas veias perdidas.
Memórias entulhadas
Decepção armazenada. 

Seus olhos eram o meu guia
Seu sorriso, ah, o seu sorriso... 

Não tenho um baú de sentimentos
E mesmo se tivesse
Seria raso demais pra guardar 
Tudo que sinto.
Eu não minto. 
Eu não corro. 
Eu só não sei se vivo, ou se morro!

Paciência, Santa Paciência. 
E todo esse amor e essa dor
Moram comigo na tua ausência.

Vida, deixe-me viver!
Não quero mais sofrer. 
Eu te imploro paciência,
Nesse demônio que é a sua ausência. 

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Flor de Amor

Eu não caibo dentro de mim
Nunca pensei 
Que seria tão bom assim.
Sentir o verdadeiro amor
É como ter flores no jardim
Perfumando a vida toda
Com o cheiro de jasmim.

Seus olhos passam por mim
E me arrancam um amor sem fim,
Eu não sei se é real
Mas é tão bom pra mim!

O que eu penso e sinto
Mudaria todo o mundo. 
Mas não é assim tão sucinto,
É algo que vem lá do fundo. 

Meu amor está ai,
Voando pelo ar
Qualquer um pode entender
Menos eu, que o sinto pulsar. 

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Projeto, execução, coração.

Projeto verão?
Execução verão?
Verão?
Verão?
Por onde anda o seu coração?
Que se esconde atrás desses corpos,
Que não se cansam de malhação?!
Eu fico no silêncio.
Qual é o seu critério?
Posso saber por obséquio?
Antes que eu me veja louco.
Sem corpo, sem alma, sem projeto.
No hospício.
No suplício.
Olhe-me nos olhos, e diga-me a verdade.
Você me acha um menestrel?
O seu coração flácido
Não quer me amar
Então também
Não tens o direito de me julgar.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Esperança


Um milhão de perguntas
Caem sobre a minha cabeça
Um milhão de pensamentos
Me forçam
Pra que eu não te esqueça.
Quando tudo isso passar
Eu vou poder te amar,
E o que eu chorei de dor
Agora será de amor.
Minha alma é sua
Eu te quero de qualquer jeito
Eu não posso lhe dar a lua
Mas posso ser o seu Romeu
E te dar todo amor
Que os céus lhe prometeu.
Venha comigo
Você não corre perigo
Agora a vida é aqui dentro
Meu coração bate forte
Ele é meu alimento
Ele vai nos tirar do relento.
Eu quero correr por todo vento
E sentir o seu abraço
Como se fosse um laço
Que nos une em qualquer canto
Perdurando todo o encanto
Que jamais vai se acabar
Porque o meu amor
Nao vai deixar.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Fascínio

Me deixei abraçar
Me deixei encantar
Me deixei levar,
Agora eu não sei
Onde estou.
Me perdi
Só sei que
Eu não morri.
No meio do nada
Eu não via ninguém
Era tudo além
Nessa vida aguada,
Conturbada,
Você apareceu
Resplandeceu.
Emudecei
Empalideci
Quase sucumbi
Mas renasci.
É você que eu quero
É com você que eu sonho.
Ao seu lado
Não existe medonho.
Você passa e me leva
Você passa e eu vou
Me carregue
Me levante
Vamos adiante.
Esse instante
É o bastante
Pra sair do sonho
E entrar na vida
Pra ser pra sempre.
Num sussurro mudo
Eu suplico
No silêncio,
Me tire do relento
Me lance ao vento.
Eu segui vários caminhos
Todos me deram você.
Eu quero o seu amor
Com todo o alvor
Sem ninguém se opor
Eu vou amar até morrer
Eu vou amar
Enquanto eu te ter.