sábado, 2 de julho de 2011

Último Relato


O amor é um perigo.
Talvez seja até um castigo. 
Quando nasce, resplandece. 
Quando morre, enrijece.

Coração que inteiro era,
Agora em poeira se enterra.
Lembranças, são pobres crianças... 
Cuidamos, cuidamos, cuidamos
E elas mesmo assim se vão, 
Voltando diferentes daquela recordação.

Oh, o que será desse meu pobre coração?
Meu sangue,
Não alimenta mais a vida. 
Ele corre sem rumo
Pelas minhas veias perdidas.
Memórias entulhadas
Decepção armazenada. 

Seus olhos eram o meu guia
Seu sorriso, ah, o seu sorriso... 

Não tenho um baú de sentimentos
E mesmo se tivesse
Seria raso demais pra guardar 
Tudo que sinto.
Eu não minto. 
Eu não corro. 
Eu só não sei se vivo, ou se morro!

Paciência, Santa Paciência. 
E todo esse amor e essa dor
Moram comigo na tua ausência.

Vida, deixe-me viver!
Não quero mais sofrer. 
Eu te imploro paciência,
Nesse demônio que é a sua ausência. 

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