sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Coração Calejado



Pela ternura que era
Pelo amor que regenera
Pela faca que corta
O amor bate na porta.

Chora-se.
Pensa-se.
Sofre.
Abre.
Fecha.
Entra, e sai.
E depois? E depois ele se vai.

Perdi tantos sorrisos.
Mínguas na madrugada
Pessoa avassalada
Alma dilacerada.

E depois?
E depois o amor vem
Fazer-me seu refém.

Não sei se fico ou se corro
Não sei se tento de novo!
Nunca se sabe do amor
Nunca se sabe da dor,
Essa ferida inflamada
Que eu lhe digo: Esta curada!

Qual primavera não tem flor?
Qual outono não tem amor?
Qual inverno não tem frio?
Qual coração nunca partiu?

Qual primavera nunca florou?
Qual outono nunca secou?
Qual inverno nunca acabou?
Qual coração nunca curou?

Calos de amores
Calos de dores
Feridas horrendas
E depois?
Depois é cicatriz.
O que não te impede
De ser novamente feliz. 

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